LANGUE SCIENTIFIQUE À PARTIR DU XIXe S I È C L E ET FAIT NATIONAL EN ÉGYPTE Pas
LANGUE SCIENTIFIQUE À PARTIR DU XIXe S I È C L E ET FAIT NATIONAL EN ÉGYPTE Pascal C r o z e t Centre d’études e t de documentation économique, j u r i d i q u e e t s o c i a l e (Cedei), l e Caire (Égypte) Inhodvction L a question l i n g u i s t i q u e , ou, pour ê t r e p l u s e x p l i c i t e , ce qui touche aux problèmes nés de l a confrontation de l a langue arabe avec l e s s a v o i r s e t l e s modes de pensée venus d‘Europe, semble s‘imposer naturellement à t o u t observateur de l a v i e p o l i t i q u e e t i n t e l l e c t u e l l e de l‘Égypte du X I X ~ s i è c l e . Depuis l a nahda jusqu‘aux mouvements n a t i o - n a l i s t e s , l a langue n‘aura cessé en e f f e t d’être l ‘ o b j e t d ’ i n t e r r o g a t i o n s , de débats ou de revendications, où se c r o i s e n t d é s i r e t volonté de réformes, souci du patrimoine c u l t u - r e l e t inquiétudes quant à l ’ i d e n t i t é n a t i o n a l e . S i l a modernisation de l a langue, rendue i n é l u c t a b l e p a r des mutations de tous ordres e t notamment par l ’ a p p a r i t i o n de l a presse, f a i t notablement évoluer l e s t y l e e t l a syntaxe, c’est l a question du v o c a b u l a i r e s p é c i a l i s é qui semble c o n s t i t u e r l e p r i n c i p a l d é f i pour l e s premiers traducteurs. Le problème des emprunts aux langues occidentales e t de l e u r i n t é g r a t i o n sera du r e s t e une préoccupation croissante pour l a p l u p a r t des l i t t é r a - teurs égyptiens, e t constituera l’une des p r i n c i p a l e s raisons qui conduiront c e r t a i n s d’entre eux à proposer, vers l a fin du s i è c l e , l a c r é a t i o n d‘une académie (1). A c e t t e d i f f i - c u l t é de t r a d u c t i o n se rattache, pour a i n s i d i r e presque mécaniquement, l e problème du choix de l a langue d‘enseignement des sciences e t des techniques. Un premier débat sur ce p o i n t , v i t e avorté dans l e s années 1 8 3 0 , opposera aux responsables égyptiens l e s p a r t i s a n s du f r a n ç a i s comme langue d’enseignement dans l e s écoles supérieures. Les arguments a l o r s développés dans ce sens, notamment sous l a plume de Lambert, l e d i r e c t e u r saint-simonien de l ’ É c o l e d‘ingénieurs de Bûlâq, reposent sur une c r i t i q u e générale de l ‘ e n t r e p r i s e même de t r a d u c t i o n (2). Ces argu- ments seront u t i l i s é s p l u s tard, presque inchangés quoique avec des arrière-pensées sans aucun doute d i f f é r e n t e s , e t au p r o f i t de l ’ a n g l a i s c e t t e f o i s , au moment de l a r e p r i s e en main de l a p o l i t i q u e éducative p a r l’occupant b r i t a n n i q u e à l a f i n du siècle; on l e s retrouvera de nouveau, l o r s de l a mise en p l a c e de l ’ u n i v e r s i t é égyptienne dans l e s LES SCIENCES HORS D'OCCIDENTAU H e SIÈCLE années 1 9 2 0 ( 3 ) , e t de nos j o u r s encore, puisque l a question r é a p p a r a î t périodique- ment (4). Deux arguments p r i n c i p a u x sont avancés, que nous nous contenterons pour l ' i n s t a n t de relever: 1) l'absence de l e x i q u e adéquat en arabe rend l a tâche de t r a d u c t i o n t r o p l o u r d e e t son r é s u l t a t t r o p i n c e r t a i n pour c o n s t i t u e r une base s o l i d e pour l'enseignement ; 2) l ' e n t r e p r i s e de t r a d u c t i o n e s t vouée de toute façon à l ' i n s u f f i s a n c e , puisqu'on ne s a u r a i t t o u t t r a d u i r e , e t q u ' i l e s t e s s e n t i e l de pouvoir se t e n i r toujours informé des derniers développements des sciences e t des techniques. Formulés à un moment où l ' e x p a n s i o n de l ' a p p a r e i l d ' É t a t se r é a l i s e en f o n c t i o n de l a volonté n e t t e d'une indépendance accrue, tant v i s - à - v i s du s u z e r a i n ottoman que des puissances occidentales, on conçoit que de t e l s arguments t r a d u i s a i e n t à l ' é g a r d de l a langue arabe une réserve qui a l l a i t à contre-courant. Ce sera donc en arabe, langue n a t i o n a l e , que seront enseignées pendant presque t o u t l e s i è c l e , e t à tous niveaux, l e s sciences modernes venues d'Europe. En r é a l i t é , l a question du choix de l a langue d'en- seignement ne se posera véritablement qu'au moment où l a f a i l l i t e de l ' É t a t p l a c e r a l e pays sous t u t e l l e b r i t a n n i q u e , l a i s s a n t l e champ l i b r e à une remise en cause de l ' i d i o m e arabe classique en t a n t que véhicule du s a v o i r s c i e n t i f i q u e , p u i s à une a n g l i c i s a t i o n progressive e t t o t a l e . Cette l i a i s uploads/Science et Technologie/ crozet-l-x27-arabe-langue-scientifique.pdf
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- Publié le Nov 12, 2022
- Catégorie Science & technolo...
- Langue French
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